O primeiro semestre foi farto para o beach soccer feminino no Brasil. Diversas federações desenvolveram competições importantes, promovendo não apenas o desenvolvimento da modalidade, mas também o surgimento de novos nomes no cenário nacional. Atento a tudo, e acompanhando as transmissões pela internet ou in loco sempre que possível, o técnico da seleção brasileira Fabrício Santos comemora o atual momento da modalidade.
“Fico muito feliz em ver meninas praticando esse esporte nos quatro cantos do país. Parabenizo a CBSB, as federações e as empresas apoiadoras por todo o esforço em fazer acontecer tantas competições importantes. Tivemos grandes eventos do Nordeste ao Sul do país, com equipes, atletas e membros de comissão técnica representando diversos Estados diferentes, comprovando o potencial do beach soccer feminino por todo o território brasileiro”, salientou o comandante canarinho.
A seleção feminina já contou com 18 atletas relacionadas dentro das quatro convocações já realizadas desde sua criação, em outubro de 2019. Somente duas delas não estiveram presentes nas competições realizadas no primeiro semestre de 2023, a atacante Nayara, autora do primeiro gol da história da seleção, que está atuando em um torneio de futebol de campo, e a ala Lelê Villar, pois passou por uma cirurgia no joelho e ainda se recupera. No Circuito Brasil de Beach Soccer, por exemplo, o único torneio em nível nacional realizado nesta primeira metade do ano, todas as 16 estiveram em campo.
“Graças às competições regionais, as equipes femininas estão se desenvolvendo cada vez mais. Não só as atletas, mas também o corpo técnico. Vemos uma boa quantidade de pessoas que são do futebol de campo e/ou futsal, também desenvolvendo um trabalho na areia, o que nos deixa extremamente felizes. O nível que vimos no Circuito Brasil foi muito alto. A maioria dos jogos sempre parelhos e decididos nos detalhes. A presença das nossas craques, que já viveram a experiência de defender a seleção, serve também de inspiração e estímulo para as suas companheiras de time e adversárias”, afirmou.
Mas não só as competições da categoria adulta chamaram a atenção de Fabrício Santos. A realização de torneios envolvendo categorias de base e universitários foi comemorada pelo treinador.
“É de extrema importância pensarmos sempre no futuro da modalidade. Competições grandes envolvendo categorias de base como a Federação do Distrito Federal fez e a Federação Capixaba vem realizando são sensacionais. Mas também temos o circuito que a Federação Maranhense desenvolve com diversos municípios do Estado, o trabalho realizado no Sul do país, com as Federações Paranaense, Catarinense e do Rio Grande do Sul. Em Penambuco, Paraíba e Ceará, por exemplo, pudemos ver fortes equipes no JUB’s (Jogos Universitários Brasileiros). Esse é o caminho. Precisamos fortalecer e incentivar essas competições sempre”, ressaltou.
Atento aos novos talentos que vêm surgindo em campo, Fabrício já está pensando no primeiro desafio da seleção feminina desse ano: os Jogos Sul-Americanos de Praia, em julho, na Colômbia. Será uma grande preparação para a principal competição do ano para o beach soccer feminino, os Jogos Mundiais de Praia, em agosto, em Bali. Será uma nova oportunidade para as nossas meninas comprovarem o ótimo momento da modalidade.