O beach soccer brasileiro feminino há tempos vem mostrando sua força nas areias mundo a fora. E não foi diferente na edição deste ano da Euro Winners Cup, o maior campeonato de clubes do Velho Continente.
Além de contar com a presença de oito atletas dividias em três equipes, de três países diferentes, a modalidade viveu um momento histórico. Pela primeira vez a equipe campeã teve uma brasileira no elenco: Dani Barboza, craque da seleção brasileira e do Vasco da Gama, que defendeu o time que chegou ao lugar mais alto do pódio, o Madrid CFF.
“É um momento muito especial na minha vida. Agradeço a Deus e a todos os meus amigos e familiares que sempre me dão muito apoio e torcem por mim. E, principalmente, ao Madrid CFF que acreditou no meu trabalho. Estou muito feliz pelo título e por essa marca especial para o beach soccer feminino brasileiro. Nossa modalidade precisava disso, independentemente de ser eu ou qualquer outra das nossas grandes atletas”, desabafou.
Apesar de ser uma das jogadoras mais experientes em atividade no esporte, Dani, que completa 39 anos no próximo mês, vivenciou apenas sua segunda temporada internacional. Antes de defender o Madrid, ela havia jogado pelo Lokrians, da Itália, em 2019, quando ficou em 4º lugar na Euro Winners, e foi campeã do Mundial de Clubes, ao lado de Lelê Villar, Bárbara Colodetti, Natália Pedrini e Nati Wippel e Lelê Lopes.
O site da CBSB conversou com a atleta. Confira o bate-bola com a campeã.
SITE CBSB: O que você pode destacar como grande aprendizado atuando por uma equipe de um país que tem o beach soccer feminino bem desenvolvido, como é a Espanha?
DANI BARBOZA: Que treinar nunca é demais. Vejo que por isso que elas estão na nossa frente em relação a resultados. Elas têm mais competições ao longo do ano e isso ajuda muito para o crescimento da modalidade.
SITE: O que você acredita que conseguiu contribuir/ensinar para as espanholas?
DB: As atletas espanholas são de altíssimo nível. Mas alguns movimentos que achamos relativamente básicos, como levantar a bola estando em movimento, por exemplo, é complicado. Elas acham muito difícil correr e levantar a bola em velocidade. Além da bicicleta, é claro, que não podia faltar (risos).
SITE: Qual sua análise da trajetória do time até o título e, principalmente, da grande final?
DB: Estamos tendo uns anos muito difíceis por razão da Covid. Creio que muitas equipes não vieram por medo. Nós acabamos tendo dois jogos vencidos por W.O. porque as adversárias tiveram complicações por conta da Covid. Mesmo assim foi uma competição muito difícil por razão de não termos tempo para treinar. Fomos nos conhecendo dentro do torneio e, graças a Deus, tudo foi fluindo bem. Quando a bola rola não tem essa de idioma diferente, a fala é uma só. Basta cada um dar o seu melhor. Isso que fez a equipe chegar na final e levar o título. É como diz a frase: final não se joga, se conquista.
CONFIRA O DESEMPENHO DAS BRASILEIRAS NA COMPETIÇÃO:
Clubes
Lokrians (ITA): Bárbara, Lelê Vilar e Lelê Lopes.
Madrid CFF (ESP): Dani Barboza
Marseille (FRA): Ana B., Noele, Adriele e Lorena
Resultado final
Madrid CFF: 1º lugar
Marseille: 4º lugar
Lokrians: 11º lugar
Artilharia
8ª posição: Lorena (8 gols em 7 jogos)
17ª: Adriele (5 gols em 7 jogos)
31ª: Lelê Villar (4 gols em 6 jogos)
40ª: Noele (3 gols em 7 jogos)
43ª: Dani Barboza (3 gols em 6 jogos)
102ª: Ana B. (1 gol em 7 jogos)
117ª: Lelê Lopes (1 gol em 7 jogos)
* A atleta Bárbara Colodetti marcou 1 gol no torneio, mas não aparece na lista final de artilheiras da competição.
Fonte: site BSWW
CRÉDITO DAS FOTOS: Jose Manuel Alvarez / Beach Soccer